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O Projeto de Experimentação de Repositórios de Dados de Pesquisa é uma iniciativa colaborativa nacional promovida pela Rede Brasileira de Repositórios Digitais (RBRD), Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Seu objetivo é incentivar a implementação, gestão e o depósito de dados de pesquisa no Brasil, alinhando-se às diretrizes internacionais de Ciência Aberta e às recomendações da UNESCO.

O projeto atua em todas as regiões brasileiras por meio das Redes Regionais. Veja os principais resultados, desafios e perspectivas para as regiões Centro-oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul em 2024-2025.

Coordenação

  • Coordenadora: Cláudia Moura
  • Assistente: Euler

Instituições participantes

A experimentação na Região Centro-Oeste envolveu a articulação com diversas instituições públicas federais de ensino superior e pesquisa, incluindo:

  • Universidade Federal de Rondonópolis (UFR)
  • Universidade Federal de Catalão (UFCAT)
  • Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
  • Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Universidade Federal de Goiás (UFG)
  • Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)

Etapas do projeto

  1. Reunião de Apresentação: O projeto foi introduzido oficialmente junto à Rede Centro-Oeste de Repositórios Digitais, o que permitiu alinhar expectativas, apresentar os objetivos da iniciativa e sensibilizar as instituições para a importância da gestão de dados de pesquisa.
  2. Articulação Local: Foram realizadas reuniões com instituições interessadas em aderir ao experimento, permitindo identificar as capacidades técnicas, o grau de envolvimento institucional e os possíveis obstáculos.
  3. Capacitação Técnica: Bolsistas e representantes das instituições participaram de treinamentos promovidos pelo Ibict, especialmente voltados para o uso da plataforma Deposita Dados, bem como sobre temas relacionados à curadoria, legislação de dados abertos e preparação de dados sensíveis.
  4. Acompanhamento Técnico: As equipes das instituições receberam apoio durante o processo de depósito dos conjuntos de dados, com orientação contínua sobre o uso da ferramenta e aspectos técnicos e legais.

Resultados da Experimentação

  • INEP: Depositou 7 conjuntos de dados distribuídos em 8 dataverses, já prontos para produção após etapas finais de validação.
  • UFG: Realizou o depósito de 1 conjunto de dados em 2 dataverses.
  • Outras instituições utilizaram o repositório Deposita Dados como plataforma para teste e depósito experimental.

Pontos Positivos Identificados

  • Aquisição de conhecimentos sobre repositórios digitais e a ferramenta Dataverse.
  • Fortalecimento da Rede Centro-Oeste e criação de vínculos entre instituições.
  • Conscientização sobre a importância da gestão de dados científicos.
  • Interesse institucional em seguir com a implementação de repositórios próprios e ampliar o uso de plataformas como o Dataverse.

Desafios Enfrentados

  • Dificuldade de sensibilização de pesquisadores, principalmente diante de rotinas acadêmicas intensas.
  • Curto prazo para execução do projeto e desenvolvimento das ações propostas.
  • Infraestrutura técnica limitada em algumas instituições.
  • Concorrência com o calendário acadêmico, o que impactou a mobilização interna.

Próximas Ações Planejadas

  • Acompanhamento de instituições que manifestaram interesse em seguir com a adoção de repositórios.
  • Realização de novas ações de sensibilização voltadas aos pesquisadores.
  • Capacitação continuada dos bolsistas, com foco em legislação, ética, anonimização de dados, e curadoria digital.
  • Produção de materiais de apoio, como guias e manuais para o depósito de dados.

Coordenação

  • Bolsista: Ana Cláudia Lopes de Almeida
  • Orientadora: Clediane de Araújo Guedes Marques

Atividades Realizadas

  • Reuniões de apresentação do projeto de experimentação para bibliotecários e gestores.
  • Aplicação de formulário diagnóstico para mapeamento de instituições interessadas.
  • Treinamentos sobre a plataforma Deposita Dados, com apoio do Ibict.
  • Acompanhamento individualizado das instituições participantes.

Instituições em Destaque

  • UFC: Possui Dataverse instalado, mas enfrenta falta de priorização e incentivo institucional para efetivar a implantação em ambiente de produção. Foram realizados testes, treinamentos e elaboração de política de dados.
  • UFPB: Desenvolve o projeto DATAPB com perspectiva de institucionalização, enfrentando transição de gestão e insegurança de pesquisadores sobre disponibilização pública dos dados.
  • Outras instituições estão em diferentes estágios de diálogo, planejamento de depósitos para 2025 e realização de reuniões de sensibilização.

Principais Desafios

  • Falta de apoio institucional (STI e direções de bibliotecas).
  • Baixa priorização estratégica.
  • Insegurança jurídica e cultural sobre depósito de dados (licenças CC-BY vs copyright).
  • Limitações técnicas no login do Deposita Dados (acesso via ORCID sem integração automática).

Resultados Positivos

  • Realização do primeiro depósito no Deposita Dados na Região Nordeste.
  • Ampliação do conhecimento sobre repositórios de dados entre bibliotecários e gestores.
  • Fortalecimento da Rede Nordeste como comunidade de prática.
  • Engajamento em atividades de capacitação, mapeamento e divulgação do projeto.

Próximas Etapas

  • Finalizar implantações de Dataverse na UFC e institucionalização do DATAPB na UFPB.
  • Realizar sensibilizações com TI, Reitorias e Diretores de Bibliotecas.
  • Produzir materiais de apoio para capacitações regionais e nacionais.
  • Ampliar a divulgação do projeto em eventos de Biblioteconomia, Ciência da Informação e Ciência Aberta.

Coordenação

  • Coordenadora: Célia Regina Simonetti Barbalho
  • Assistente: Jeane Macelino Galves

Instituições Participantes

Efetivas:

  • Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV)
  • IFPA, IFAP, IFAM
  • Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
  • Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
  • Universidade Federal de Roraima (UFRR)

Voluntárias adicionais:

  • Instituto Evandro Chagas (IEC – PATUA)
  • Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)
  • Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Principais Ações

  • Explanações objetivas do projeto e fluxos de depósito.
  • Treinamentos para bibliotecários e pesquisadores.
  • Criação de materiais de comunicação (agradecimentos aos pesquisadores, fluxogramas operacionais).
  • Acompanhamento técnico e suporte via WhatsApp para depósitos no Deposita Dados.

Resultados

  • Depósitos realizados exclusivamente no Deposita Dados, com destaque para UFAM e IFAP.
  • Adesão positiva dos pesquisadores, que consideraram o sistema intuitivo e de fácil uso.
  • Rápido feedback técnico e boa repercussão do projeto nas instituições.

Desafios Encontrados

  • Liberação de cadastros para submissão demorou em alguns casos.
  • Dificuldade dos pesquisadores em dedicar tempo para submissão.
  • Falta de clareza sobre diferenças entre dados brutos e resultados.
  • Problemas de usabilidade no layout do Deposita Dados e necessidade de explicações mais detalhadas sobre padrões de metadados como Dublin Core.
  • Internet instável em algumas regiões, impactando submissões.

Perspectivas Futuras

  • Incluir treinamentos e workshops sobre repositórios de dados nos planejamentos anuais da Rede Norte.
  • Incentivar mais instituições de Ensino e Pesquisa a participarem.
  • Ofertar palestras e sensibilizações sobre gestão e compartilhamento de dados de pesquisa.

Coordenação

  • Coordenador: Claudete Fernandes de Queiros
  • Assistente: Aline da Silva Alves

Atividades Realizadas

  • Aplicação de diagnóstico por questionário em 7 instituições, com definição de 3 como prioritárias.
  • Mapeamento de histórico de depósitos em 2024, identificando baixa frequência e predominância de depósitos sob demanda direta do pesquisador.

Desafios Identificados

  • Questões éticas e jurídicas relacionadas à gestão de dados de pesquisa.
  • Baixa cultura organizacional de depósito regular de dados.
  • Falta de infraestrutura de TI adequada em algumas instituições.
  • Dificuldade de alinhar agendas com pesquisadores para acompanhamento dos depósitos.

Resultados e Impactos

  • Parcerias estratégicas consolidadas com FGV, UNIFESP e UNIRIO.
  • Mapeamento de necessidades e desafios regionais.
  • Criação de um modelo organizacional replicável para futuras implementações.
  • Conscientização crescente sobre a importância dos repositórios para Ciência Aberta.

Próximos Passos

  • Acompanhar e orientar depósitos futuros dentro do escopo do projeto de experimentação.
  • Refletir sobre diretrizes éticas e jurídicas em nível regional.
  • Fomentar núcleos locais e nacionais de dados de pesquisa, com apoio técnico e formação continuada.

Coordenação

  • Coordenadora: Angélica Conceição Dias Miranda
  • Assistente: Isabela Figueiredo da Rosa

Instituições envolvidas

A Região Sul contou com a participação ativa das seguintes instituições:

  • Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
  • Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)
  • Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS – Campus Rio Grande)

Atividades desenvolvidas

As instituições participantes demonstraram interesse direto em experimentar o uso de repositórios de dados e, em alguns casos, já iniciaram a instalação de suas próprias instâncias do Dataverse institucional. Houve também diálogo com iniciativas internacionais, como o Zenodo, ampliando a compreensão sobre interoperabilidade, repatriação de dados e emissão de DOIs.

Pontos Positivos Destacados

  • Acesso e transparência aos dados científicos.
  • Preservação e organização de dados de pesquisa.
  • Compartilhamento e impacto para os autores dos conjuntos de dados.
  • Reprodutibilidade e reuso por outros pesquisadores.
  • Suporte a diferentes formatos de arquivos e possibilidade de instalação do Dataverse institucional.

Dúvidas e Reflexões Surgidas

  • Posso depositar dados maiores que 1GB ou arquivos com mais de 100MB?
  • Como anonimizar dados sensíveis para garantir a publicação?
  • Qual o limite de espaço disponível para depósito?
  • Posso utilizar formatos não preferenciais?
  • Meus dados migrarão automaticamente se minha instituição instalar um Dataverse?
  • O Ibict fornecerá suporte técnico para instalação local?
  • Posso continuar usando o Deposita Dados após o fim do experimento?

Tais questionamentos refletem o amadurecimento da discussão técnica e ética sobre o uso de repositórios de dados científicos e serão importantes para o desenvolvimento de materiais informativos e políticas institucionais.